8 Perguntas para encontrares o teu sentido de vida.

As 8 perguntas são um técnica inspirada em sabedoria nativa, criado com influências de anciãos de tribos da América do Norte, de África e do Havai. Elas são uma forma de encontrar resposta para uma das perguntas que acompanha a humanidade desde o início da sua viagem: o porquê de estarmos aqui.

É um processo tradicionalmente feito no Inverno, na altura em que as noites longas convidam ao recolhimento e à reflexão. Mas não nos alonguemos mais. Aqui está uma versão muito resumida as 8 perguntas:

1. O que te faz sentir conectado?

No mundo ocidental, muitas vezes o sucesso é visto como uma escalada, como tornar-se o número um, colocar-se acima de todos os outros, estar orgulhosamente sozinho no topo da montanha. Nada está mais longe da verdade para o ponto de vista nativo. Nestas culturas, não queremos estar acima, queremos sim estar em conexão de forma profunda e verdadeira, com o nosso interior, com o outro e com a Natureza.

Assim, a primeira questão é exatamente, em que situações, com que pessoas, em que locais nos sentimos conectados. Essa é a nossa bússula para perceber se realmente estamos ou não no caminho certo. Nesta visão, o mundo não precisa de heróis, que ganhem contra tudo e contra todos. Precisa sim do nosso génio interno, dos dons únicos que temos dentro de nós, que ao florescer nutrem tanto aqueles que nos rodeiam, como a nós mesmos.

2. Quais os obstáculos à conexão

Por vezes há experiências, momentos, em que algo acontece, e uma experiência profundamente conectiva se esfuma em nada. Podem ser as palavras de um professor, que nos convence a nunca mais desenhar. Pode ter sido um salto de fé que correu mal. Pode ser uma série de outras coisas, de pequenos traumas que nos impedem de conectar.

É muito importante que estes sejam reconhecidos. Esses obstáculos interferem com a nossa bússula interna, confundem-nos, não nos deixam ver qual é o nosso caminho. Neste ponto, interessa apenas ter consciência deles. Isto basta para nos permitir olhar para quais os caminhos que não nos estamos a deixar ir, e para os olhar com novos olhos.

3. Que padrões, sincronicidades e a ajuda da natureza encontras na tua vida?

Num mundo onde em vez de competirmos estamos em conexão uns com os outros, o próprio universo, a própria natureza é nossa aliada. Podemos ouvir a sua voz ao olhar para os padrões e sincronicidades que surgem no nosso caminho.

Isto leva-nos ao reconhecimento que não estamos sozinhos, que o próprio mundo fala conosco, nos mostra qual o caminho por onde somos convidados a seguir.

4. Quais são os teus dons?

Os povos nativos têm a visão de que, para um dom florescer, tem que ser reconhecido por quem rodeia a pessoa. Na nossa sociedade isto é particularmente difícil. Só o que é obtido por esforço tem valor, o foco na escola é colocado nas áreas onde temos mais dificuldade e não nas onde brilhamos. Isto significa que os nossos dons, as coisas que nos vêm naturalmente sõa muitas vezes descontados, ou completamente ignorados.

Fazer um trabalho consciente de reconhecer os nossos dons e de os ter reconhecidos por que nos rodeia, pode mudar completamente a forma como olhamos para a vida. Afinal, os nossos dons foram as primeiras ferramentas que nos foram dadas para levar a cabo a nossa missão, e olhando para a ferramenta podemos ter uma ideia mais clara da tarefa qe nos aguarda.

5. Identifica os miradouros da tua vida

Este é um conceito único deste trabalho, nunca o vi a ser expresso em mais nenhum lugar. Os miradouros de vida são momentos em que parece que tudo faz sentido, em que nos elevamos acima da experiência do nosso dia-a-dia, e conseguimos ver mais longe. Percebemos a forma como o caminho que fizemos nos levou até ali, e percebemos também como ele pode continuar.

Pode parecer que não tens nenhum na tua vada, mas se parares para ires em busca deles nas tuas memórias, sem dúvida que os vais encontrar. Ao fazer isto, vais ficar com uma ideia mais clara de quando realmente te sentiste com os pés firmemente no teu caminho.

6. O que tens que perdoar?

O perdão prende-se com a segunda pergunta, com os obstáculos à conexão. A verdade é que, enquanto não perdoamos, somos definidos por aquilo que nos fizeram. Perdoar é largar, é seguir em frente. Parte da aceitação de que algo aconteceu, e da renuncia a carregar esse peso, a deixar que isso nos continue a moldar.

Enquanto não perdoamos, continuamos à espera de um pedido de desculpas, de uma restituição, de que nos digam que nós é que tivémos razão. Ficamos com uma parte da nossa energia agarrada ao passado, e incapaz de estar livre para ser empregue no presente.

7. Qual o teu cenário ideal

Com uma visão clara daquilo que nos conecta, das mensagens da natureza, dos dons que trouuxémos ao mundo e dos momentos em que nos sentimos realmente no caminho. Com uma visão clara daquilo que nos bloqueia, e tendo feito um trabalho de perdão em relação a isso e tudo mais que necessitamos de largar, então estamos prontos para cirar o nosso cenário ideal.

Já não somos movidos por uma fantasia externa de sucesso, por algo que nos disseram que era o certo, o seguro, mas sim por aquilo que realmente faz sentido para nós. Conseguimos criar um cenário ideal para a nossa vida, dar uma forma ao nosso futuro que realmente faz sentido tendo em conta quem somos.

8. Como vais levar à prática

E no último passo, chega o momento de pôr em prática. De perceber como tornar esse cenário numa realidade. No último passo olhamos para formas de trazer ao mundo essa nossa visão, em também para a forma como todas as nossas visões encaixam numa visão maior para o mundo.

São estas as oito perguntas. Há uma versão completa delas online, en ingês aqui.

O guião, traduzido por mim com autorização dos autores originais pode ser consultado aqui

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *